segunda-feira, 27 de junho de 2011

Castelo na Europa sai por preço de apartamento de luxo no país

Quem sonhava em ficar rico para morar em um castelo na Europa não precisa ser tão endinheirado após a crise no continente em 2009.

O preço é igual ao de alguns apartamentos de alto padrão na faixa de 150 m² em bairros nobres de São Paulo.

Por R$ 1,5 milhão é possível adquirir 2,7 mil metros quadrados de área útil e cinco hectares de terra de um castelo polonês, que serviu de moradia para o conde Magnis Bozkow no século 16.

Na Europa oriental há pechinchas por R$ 600 mil, como um castelo suíço do século 18, em uma zona turística próxima ao rio Elba.

O imóvel, de 10 mil m², precisa de reparos. Essa modernização de castelos é o que continua saindo caro: ultrapassa os R$ 4.000 por m². O problema é que a maior parte desses castelo devem ser restaurados, e não reformados.

Essa é uma das explicações para o abandono desses imóveis, segundo o economista Martim Smolk, do Lincoln Institute of Land Policy.

"A manutenção dos castelos é caríssima e a maior parte é tombada pelo patrimônio, o que muitas vezes impede que sejam usados para outros fins, como hotéis."

BRASILEIROS
Quem quer um castelo sem sair do Brasil pode construir o seu. Em São José dos Campos (97 km de São Paulo), o engenheiro Fernando de Mendonça, 86, voltou da Alemanha apaixonado pela cultura medieval e resolveu criar há 15 anos um complexo de dois castelos e uma torre em um terreno de 112.000 m².

As obras do engenheiro fazem um "frankenstein" arquitetônico de um castelo francês e outro inglês.

Já houve ofertas de mais de R$ 40 milhões pelo complexo inteiro, mas o proprietário só pensa em expandir o atual projeto.

"O custo de manutenção aqui é mais baixo. Os impostos são menores e os salários dos funcionários são mais baixos também", afirma.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A bolha das reservas deve estourar entre 2013 e 2015

Fonte: Clipping
Sobre risco cambial, besouros e borboletas
Autor(es): Francisco Lopes | Do Rio
Valor Econômico - 15/06/2011

A inflação de 2012 deverá ficar abaixo de 5%, com a economia crescendo entre 4% a 4,5%. Será, porém, uma vitória de Pirro. Em algum momento ocorrerá uma inevitável correção para cima na cotação do dólar, com grande probabilidade de uma traumática "parada súbita".

É fácil ser otimista sobre a evolução da macroeconomia brasileira no curto prazo. A combinação de juros elevados, taxa de câmbio praticamente estabilizada e menor pressão nos preços internacionais de alimentos e petróleo, reduzirá a inflação em 12 meses do IPCA já a partir de outubro próximo. A inflação de 2012 deverá ficar abaixo de 5%, com a economia mantendo o crescimento na faixa de 4% a 4,5%.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

"Saia da festa antes da bolha brasileira explodir", diz artigo do FT

Texto no Financial Times aponta suposta bolha em formação no Brasil e aconselha presidente Dilma Roussef a procurar "medidas efetivas, ainda que impopulares", para evitar o pior

Mirela Portugal, de São Paulo – É melhor abandonar as apostas na economia brasileira enquanto não é tarde demais. A recomendação bastante clara e um tanto amedrontadora é de articulista do Financial Times em artigo na edição desta quarta-feira (1). O texto publicado na seção Opinião do jornal britânico afirma que não haveria duvidas de que a economia nacional está superaquecida e caminha rumo à bolha.
Assinado por Moisés Naim, ex-editor-chefe da revista Foreign Policy e hoje associado da Carnegie Endowment for International Peace, o artigo tenta provar que a mistura de moeda forte, consumo e crédito fortalecidos, pleno emprego e euforia dos investidores estrangeiros é uma bomba-relógio.
“A demanda crescente torna tudo mais caro. De fato, enquanto o Brasil continua a ser um país muito pobre, é atualmente um dos mais caros do mundo”, diz Naim. O articulista cita como exemplos preocupantes os preços de imóveis do Rio de Janeiro e São Paulo, que teriam dobrado desde 2008, os aluguéis de escritórios no Rio de Janeiro mais caros que Nova York, e a inflação acelerada, que já entrou na mira da preocupação governamental. “Tudo isso junto aparenta não apenas um superaquecimento, mas o preocupante começo de uma bolha”, resume Naim.
O articulista acredita que a presidente Dilma Rousseff deva “tomar medidas hoje para desaquecer a economia, mesmo que isso envolva decisões impopulares”. Caso ela não aja agora, diz o autor, “os mercados financeiros irão, no momento apropriado, impor as correções necessárias de um modo mais brutal".
A crise que aguarda na esquina já foi vista antes, diz Naim, em situações como as do México, da Rússia e das economias asiáticas em rápido crescimento. Por fim, o artigo encerra tão enfático e incisivo quanto começou: “Exuberância e complacência são os dois inimigos ameaçando o atual sucesso do Brasil”.