| Quem sonhava em ficar rico para morar em um castelo na Europa não precisa ser  tão endinheirado após a crise no continente em 2009.  O preço é igual ao de alguns apartamentos de alto padrão na faixa de 150 m² em bairros nobres de São Paulo. Por R$ 1,5 milhão é possível adquirir 2,7 mil metros quadrados de área útil e cinco hectares de terra de um castelo polonês, que serviu de moradia para o conde Magnis Bozkow no século 16. Na Europa oriental há pechinchas por R$ 600 mil, como um castelo suíço do século 18, em uma zona turística próxima ao rio Elba. O imóvel, de 10 mil m², precisa de reparos. Essa modernização de castelos é o que continua saindo caro: ultrapassa os R$ 4.000 por m². O problema é que a maior parte desses castelo devem ser restaurados, e não reformados. Essa é uma das explicações para o abandono desses imóveis, segundo o economista Martim Smolk, do Lincoln Institute of Land Policy. "A manutenção dos castelos é caríssima e a maior parte é tombada pelo patrimônio, o que muitas vezes impede que sejam usados para outros fins, como hotéis." BRASILEIROS Quem quer um castelo sem sair do Brasil pode construir o seu. Em São José dos Campos (97 km de São Paulo), o engenheiro Fernando de Mendonça, 86, voltou da Alemanha apaixonado pela cultura medieval e resolveu criar há 15 anos um complexo de dois castelos e uma torre em um terreno de 112.000 m². As obras do engenheiro fazem um "frankenstein" arquitetônico de um castelo francês e outro inglês. Já houve ofertas de mais de R$ 40 milhões pelo complexo inteiro, mas o proprietário só pensa em expandir o atual projeto. "O custo de manutenção aqui é mais baixo. Os impostos são menores e os salários dos funcionários são mais baixos também", afirma. | 
 
